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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

JAIME GUZMÁN

 

(Natural de Medellín, Colômbia, 1961-    )

Publicou Coro de ahorcados (1995) e Todo paisaje es la elegancia del ojo (1997).
Miembro do comité organizador do Festival Internacional de Poesía de Medellín.
Representou a Colômbia no Congresso de Escritores realizado em Curitiba, em 1996, quando me entregou os poema que produzi.

 

 

 

MELLO, Thiago de.  Poetas da América de canto castellano.  Seleção, tradução e notas de Thiago de Mallo.  São Paulo: Global, 2011.  495 p.    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Tradução de THIAGO DE MELLO:

 

 

COM AS COXAS DE DAMAS TOLEDANAS

 

Com as coxas de damas toledanas
estão tufadas as minhas almofadas

 

Meu chapéu de ouro

quem brilha com ele é o Arcanjo do Dragão

 

Enquanto chove anis
a música e suas tribos
avançam a ínsulas de ônix

 

Parecemos cortejos de Vésper
um carvalhal que flutua
na exaltação
das calêndulas

 

Céus fazem uma espiral
somente perceptível
desde um útero
parecido ao vazio
sempre girando
no dédalo de sua prenhez

 

A difuminação

das Auroras

é o teatro das moças

saltarinas nas esteiras do Relâmpago

Tudo se verá dourado

quando a membrana negra ocupe o seu
trono de luz

 

 

 

CHEGAM AS MULHERES

 

Chegam as mulheres

para servir copos de lágrimas

 

para que minha besta de luz
libe

para que o humor

faça estalar de riso

o oceano negro de suas angústias

 

Sofrem pelos homens
— seus filhos
é dizer

           seus noivos
que rompem cítaras
em seu amor —

 

e flutuam com a mulher

que de mim subtraem

procurando a boneca de sua infância

 

Gargalham quando lhes digo
que não sou uma boneca
mas um burrinho no presépio d
a menina velasquenha

 

Também lhes digo que serão minhas filhas
quando massacrem uma rã e um corvo
com prazer inaudito

 

Se isso fizessem se converteriam
em meninas azuis

 

Vejo o ouro fluir de suas lágrimas
Vejo um prisma violeta
entre brumas azul da Prússia

 

Vejo um ponto branco
onde a escuridão se dilui
Vejo cavalos nos estábulos do éter
São raios

 

 

 

ONDE A MONTANHA É QUASE AZUL

 

seguimos rotas de súbitos atalhos, canções nos
recordam cerimónias já esquecidas, onde a montanha
é quase azul, o rio parece o lombo de um relâmpago.

 

a santa religiosa jaz morta e as flores de manzanilha
são uma constelação na solidão do arado,
raízes filiformes são cabeças de mandrágora,
cabecinhas de homens decapitados, com os signos
do terror em seus rictus mortis.

 

Uma horda de animais monstruosos nos pode visitar
nos instantes mais difíceis da viagem psylosibinico,
ali se descobre que o aquerón é uma interzona de
realidade pela qual é inevitável passar, para que o
olho se exceda a si mesmo,
para compreender os grandes esforços do Sol, sua
cópula com a Terra como
um avô incestuoso ao qual lançam carroças de trigo e
cadeiras em estado de madurez.

 

 (Os poemas foram escolhidos pelo poeta)

 

 

*

VEJA e LEIA outros poetas da COLÔMBIA em nosso Portal:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/colombia/colombia.html

 

 

Página publicada em maio de 2021

 

 

 
 
 
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